Eu sempre choro em casamentos...

Sempre choro em casamentos, mas nem era sobre isso que eu iria falar. Seminário de Iniciação Científica - ou apresentação de monografias do pessoal do nono período, mais precisamente, minha turma de quando entrei na faculdade (de onde pareço nunca sair).
Para quem não sabe, eu tranquei, como alguns outros companheiros de propósitos meio-frustrados-meio-ou-talvez-jamais-compensados-quem-sabe, e voltei; não com o rabo por entre as pernas, mas com os objetivos de vida um tanto perdidos. Talvez seja isso o que a adultez faz conosco – trazer a impressão de que tudo é completamente diferente do que éramos quando crianças, e que praticamente zero dos nossso planos foi realizado, ou pelo menos passou perto de ser. Passei perto de realizar o meu sonho de ter um passaporte com “destination: UK”. Passei perto de ter carteira assinada este ano. Passei perto de trocar de óculos de grau, por enquanto espero o “grau aumentar” para trocar. Passei perto de ter o meu tão-sonhado black power.
Enfim, nessa minha turma eu me sinto meio que bem em casa, com quem eu posso falar besteiras sem medo de ser mal-interpretada, porque a vida me permitiu conhecer pessoas que me fazem sentir intimidada pela própria pessoa que sou, fazem-me sentir errada por algumas coisas que tenho, que sou, que faço. Já me fizeram ter vergonha de dar aula (não fazendo pensar que fosse indigno, mas de um jeito ridiculamente “complexo-de-inferioridade” tipo nossa-tanta-gente-aí-por-fora-do-mundo-que-quer-fazer-também-e-não-tem-condições-e-você-quer-fazer-tudo-isso, ou caráleo-de-asa-você-tem-isso?Você-não-acha-injusto-que-você-tenha-faça-seja-e-outras-pessoas-não-sejam,-não? Aaai, vai tomar no fundo!), me fizeram ter vergonha de não gostar de viver saindo nos fins de semana, de não gostar das mesmas coisas e estilos que todo mundo gosta, de não tocar lapada-na-rachada no meu carro e tocar Beatles, Aerosmith, Cássia Eller e por aí vai (tá, disso eu vibro por não ter tido vergonha, mas tentaram me fazer sentir envergonhada por isso, pode?!). Detesto gente mesquinha... esse povo que só olha pro próprio umbigo que detesta constatar que as pessoas vivem, também. Rá-rá-rá.. naquela minha primeira não. É lá que eu tinha liberdade de soltar qualquer comentário que quisesse no meio da aula e nem seria olhada de rabinho-de-olho ou alvo de comentários por debaixo dos ombros. Pois é lá que me sinto em casa completamente.
Congratulações especiais às minhas queridas Leilanne e Lívia, que tiraram os melhores 10 da vida que já vivi para ver. Ainda tentei, mas não me agüentei – sempre choro em casamentos (e processos de formatura das amizades das mais queridas, também). Não há palavras que eu diga que resuma vocês – e Deus me livre de tentar resumir... boas músicas não são resumíveis, vocês são minhas melhores canções!

CONSTATAÇÕES DA SEMANA QUE PASSOU:
- Definitivamente, temos que procurar as câmeras em algum lugar – cada semestre é uma temporada diferente de um seriado de televisão super digno de altos índices de audiência!!! Série televisiva para todos os gostos!
- Perco peso com não muita dificuldade. Basta me estressar esse tantinho aqui
- Monografia a caminho
- Nessa temporada a produtividade está em alta
- Provavelmente não serei mãe nos próximos 8 anos
- Se eu não fosse eu, certamente gostaria muito de mim (rárárá)
- Estou enjoada e sem graça – muito.

Comentários

Júlia disse…
Hmm eu tbm sempre choro em casamentos.. ah, nem eh por questão sentimental.. choro sem querer, basta uma pessoa dizer uma coisa assim bem tocante, que la esta eu, com os olhinhos brilhaaando!
essa adultez, realmente muda a cabeça das pessoas, por mai que neguemos, muda sim! to sentindo os efeitos! ;/..
hmmm nos proximos 8 anos eu vou ganhar mais um irmãozinho(a)!!!!
ÊÊÊÊÊÊÊÊE^^EÊÊÊÊÊ vamos crescer a familia,espero que esse saiba que eh o pai ¬¬ hahhahah brincadeira!
ja eu, daqui a 8 anos quero ser gente, uma pessoa formada e empregada! hahahaha
bjus amora!
Anônimo disse…
Vai se formar, nêga?! Me avisa com antecedência que talvez dê para ir, afinal passagem praí nem é tão cara, rever os amigos é sempre bom, chorar em formatura é de praxe (principalmente qnd passa as fts de todo mundo), to com saudade daí. Então, me avisa tá?!
Bjo!
maria clara disse…
adultez deixa a gente meio frustrado mesmo...
e o desenvolvimento do curso, quando a gente vai deixando de lado a utopia...
eu quase tranco o meu também...
=P
Unknown disse…
Ow, meu Deusuuuuuu!!!!
Pode sentir-se de casa na nossa turma sim, pq de fato, eh a NOSSA turma! Vc nunca vai deixar de ser nossa "Cumpanheira Sufrida" de trabalhos acadêmicos, além d companhia indispensável na vida e de amizade pela eternidade. E vc não precisava sentir vergonha qd estava conosco pq te amamos do jeito q vc eh: impossível d não ser amada, a n ser por pessoas ignorantes, eh claro, mas aí jah n eh problema nosso, eh da prória pessoa q possui uma deficiência na alma q a torna incapaz d saber/sentir a pessoa especial q vc eh.
Bgd pela congratulação especial à minha pessoa, eh mt gratificante ter o reconhecimento d uma amiga como vc.
E nem preciso ser uma das suas melhores canções, me basta ser algo como o seu "lariiii lariiii"!
Te amo, amora! Para sempre!
Anna Soares disse…
rá rá rá
Ando sumida não só dos meus próprios blogs, mas dos blogs que visito. Se deve a coisas que eu sei exatamente o que são mas não admito nunca. Não ando muito bem e me reconheço nesse texto seu.Mas a minha turma da faculdade foi o melhor lugar do mundo. Hoje é castigo e tortura. Não gosto mais de ir a uern, tive um vislumbre de (in)sanidade que me disse que se eu tivesse cuidado antes podia ter pintado o cabelo de loiro e casado com um cara bem rico e estudado história da arte em sobourne.De qualquer modo, meu cabelo ainda é escuro e meu coração me prega peças de que nem sempre me recupero com facilidade.
Quanto a ter estudado com um amigo seu, era amigo meu quando estudamos juntos. E é recíproco, vc estudou com uma grande amiga minha, Leilane Andrade.
Mundo ridiculamente pequeno.
E enorme, quando é de interesse dele.
=*

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