Das qualidades femininas: o despeito

Quem consegue juntar Luis Vuitton e Scarlett Johansson merece o meu respeito por tempo indeterminado.

Não que eu seja materialista, mas desculpa, o produto ali é femininamente perfeito. Desculpa, não vou fazer discursos humanitários, falar de quantas pessoas morrem de fome por aí, ou que somos os responsáveis por colocar no poder governantes corruptos... que o acesso à qualidade está nas mãos de minorias, etc.

Deixa eu falar de mulher para mulher: me diz se quando você vai em uma loja, algumas das coisas pelas quais você se apaixona de cara não são caras?! Vai me dizer que você não gostaria de ter alguma coisa da Johansson, sendo ela uma das mulheres mais bonitas do mundo, mesmo que fossem os olhos, só os lábios (ou o que seja)?! Seja sincera... eu tenho despeito, mas dou o braço a torcer, ela é linda. =/

Os melhores produtos, em sua maior parte, são caros, e, crise do capitalismo para um outro momento, todas desejamos.

Por favor, quem não tiver curiosidade em experimentar alguma coisa da Victoria’s Secret jogue sua primeira pedra, eu aceito os hematomas de bom grado. Somos todas pecadoras, amiga. Não se culpe por passar em frente às lojas e pensar com suas entranhas que queria “aquela roupa ali”, aqueles tênis, aquela bolsa, o que seja... mas só teremos poder aquisitivo para consumir o que desejamos quando... hm,... bem, talvez nunca =/ deve ser daí que vem a graça toda de estamos sempre querendo, o que me faz concordar com toda aquela coisa de que “o homem é um ser desejante”.

Aí a gente se revolta e começa aqueles discursos de moral...

Uma das melhores (e piores!) qualidades femininas é o alto senso crítico... aquilo que chamam de despeito.

[I just don’t know what to do with myself, I don’t know what to do with myself]