Sem saco pra títulos.

A situação é a seguinte: ando um porre. Enjoada, chata, calada. Enjoada de tudo. Chata o suficiente pra não precisar me comunicar de qualquer forma verbal. Não quero saber como tudo começou, porque parece que veio do nada. Mas tenho achado um saco - tudo. Don't ask.

Deve ser porque a faculdade está chegando ao fim, deve ser porque tudo vai saindo, mesmo que distorcidamente, do jeito como planejado, deve ser porque na minha vida sempre tive o cérebro próximo ao do lêmur de Madagascar e sempre tentei fazer tudo direito, agindo pouquíssimo pela impulsividade, calculando prós e contras de todos os movimentos (inclusive dos cabelos), fazendo tudo certo, tentado manter o sorriso de borbolea amarela na cara, fingido ser feliz na maioria das vezes em que na verdade estive insatisfeita, tendo que ouvir, participar, agüentar e concordar com quase tudo, justamente por ser hm, deixa eu ver, estável. Eu tento, juro que tento parecer empolgada, mas não está dando. Desculpe. Não. Sem pedir desculpas, mesmo, não tenho obrigação de suportar tudo e fazer descer goela abaixo como farinha sem água. Praticamente ninguém que saber realmente qual que é a do meu processo de surtamento.

Então entendi que odeio a estabilidade, tipo, estabilidade referente à seriedade, à monotonia, ao que seja politicamente correto, calmo e prudente. Não que odeeeeeeie de fato, mas saco cheio é saco cheio e a pessoa à beira de um surto não analisa muito bem o que é prioridade e o que é bom. Cada qual com seus calos, úlceras, infecções, maus-humores e desgostos. Também tenho os meus e essa normalidade exacerbada me cansa. Detesto isso. Pronto. Falei.

[I don't care if it hurts. I wanna have control]

Por isso ando um porre. Você pode ter dias em que não tem paciência para manter uma simples conversa amigável por mais de 5 minutos, que acha tudo chato o suficiente para não sentir a necessidade de se manifestar, que tem vontade de não sair da cama, de chorar sem motivos, de pelo menos nem ver os amigos mais queridos - que dirá a família, com quem vive. Pois bem... meus dias são maiores em número que a TPM e fico realmente uma chata. Daquelas que tiram sarro da própria cara cuja graça só quem vê são elas mesmas e cujos melhores momentos são os de silêncio absoluto. Se puder se afastar, evitar contato, toque ou crítica que não seja construtiva, "elogiativa", amorosa, mentirosa e muito pouco tediosa, agradeço.
Não quero ajuda, não quero atenção nem presença. Se puder me agraciar com a paz da solidão será muito bom.

No mais, prefiro a distância.

Comentários

Séfora disse…
Eu te contrariar, ams deixa pra lá
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
:***
maria clara disse…
aimeudeus.
muito medo desse meu momento (que se aproxima).
Anna Soares disse…
me mata de orgulho.
E ia ate postar alguma coisa nesse sentido, mas paciencia tá com frete maior q ovo de páscoa e resolvi deixar pra lá.

ps. eu ganhei o ovo de páscoa gigante.
réééééé

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