Nunca soube...

Eu nunca soube o que as pessoas têm, afinal de contas - no seu manual de instruções diz em algum lugar, em letrinhas Times New Roman fonte 3,5 que há a necessidade inexplicável de viver na competitividade. Sabia que no final, todo mundo querendo ser melhor que os outros, vai ser todo mundo igual? Todo mundo pequeno, todo mundo medíocre, todo mundo igual a todo mundo. E como não tenho a mínima vontade de ser pequena (invisível talvez, mas pequena e medíocre, não mesmo!), continuo no meu cantinho, fazendo o que devo fazer, sem mexer com ninguém (e falar com ninguém às vezes é bem melhor).

Não que eu queira esquecer... esquecer é mau, faz a gente correr aquela estradinha toda de novo, e de novo... seria, sem qualquer outra definição, triste.

Nunca soube que deveria esperar o pior das pessoas, achava que, sei lá, todos seguiriam aqueles dizeres tipo "não fale das suas qualidades, demonstre-as; fale dos seus defeitos, esconda-os"...

E talvez deva ser assim em todas as nossas relações, tentar esconder os defeitos até que as qualidades sejam suficientes para ocultá-los, caso apareçam.