And so it is...

Quem melhor canta as dores da alma: Damien Rice (ouça um album e termine sem chorar - duvido!)


27383689576598769875685 de letras de músicas não traduziriam. Eu não consigo traduzir. Amar sempre foi a língua que mais desconheci, a que mais me desgastou justamente por ser algo que não controlo. Tenho problemas com controle (seja qual for). Tem até a impressão de que minha intensidade é muito maior lida do que feita – porque não consigo dizer muitas coisas – aí escrevo; e muitas coisas que faço, faço calada, crente que meu silêncio é perfeitamente compreensível (só que nem sempre é). Juro que estou tentando trabalhar essa “comunicatividade”.
Alguém já disse que usa de metáforas pra falar de amor. Ora, o universo inteiro está escrito em linguagem matemática... as palavras se formam pela união de letras e sílabas... figurativamente isso tudo é coreografia matemática. No final das contas, a matemática também desenha o amor. Pensando assim é chato. Mas nem era sobre isso que eu queria falar.


O problema (ou graça) é que eu me apaixonei (faz muito tempo... mas de tempos em tempos curtos acontece tudo de novo). E de noite antes de dormir é a “vítima” da minha paixão que incluo nos meus planos – e crio outros que não podem ser efetivados sem a vítima. Falo vítima porque paixão é assim: dói, pisa um bocado; se não pros outros, pelo menos pra mim. De repente durmo e ele está lá... direitinho como naquela música “I’ll keep you locked in my head until we meet again... that last kiss I’ll cherish until we meet again. And time makes it harder. I wish I could remember. But I keep your memory, you visit me in my sleep, my darling – who knew?”. Tudo bem, tudo bem. Amar é bom porque renova. E angustiante porque a gente tem que manter; e tem que manter porque é bom – daí o círculo vicioso. E amar vicia!


[there’s still a little bit of your taste in my mouth]
Começa tudo com aquela paixonite: de abraçar, beijar, agarrar, pular no pescoço e coisa e tal. O tempo vai passando e a coisa vai adocicando, vai ficando mais terna, mais calma, ao passo em que discutir, apontar falhas e se atrapalhar na autodefesa também aumentam. Esse maldito do tempo é o responsável pela maioria das coisas importantes caírem no universo das coisas pendentes.
Amar é a gangorra do desespero! Uma hora você está mortalmente tomado pela ira a ponto de se jogar de um prédio de 4 andares só pelo gosto de morrer e ver a cara da “vítima” de ressentimento, de culpa, outra hora está chorando de amores (por dentro, por favor!) pedindo desculpas com metáforas em forma de beijos e sorrisos, três horas mais tarde tem certeza de que aquele abraço lhe guardará pela vida inteira e é naquela nuvenzinha de paz que mais deseja viver, depois viver amando é tão normal que você parece indiferente, e à noite adormecer não tem graça se for sozinho.
Tem dias que com a distância, a simples voz apetece o espírito; noutros dias a falta é tão doída que nem a simples presença acalmaria – seria necessário infiltrar a vítima inteira dentro de si mesmo.
[O que é meu não se divide, nem tão pouco se admite quem do nosso amor duvide. Até a lua se arrisca num palpite: que o nosso amor existe forte ou fraco, alegre ou triste]


Eu poderia sentar do lado e pedir que nunca me decepcionasse, que me amasse para sempre, que me amasse como se fosse a coisa mais importante da sua vida. Poderia ir e vir duas vezes num mesmo dia, de uma cidade para outra. Poderia pedir zilhões de provas de amor. Mas amor não se prova; amor se vive e não existe um meio como mostrar que se ama o suficiente, porque o amor pode ser forjado, pode ser jogado fora como um copinho de café no lixeiro num dia qualquer. Mas não posso forjar e não devo correr de um lado pra outro dentro de casa, o dia inteiro, pensando numa forma de mostrar suficientemente a constância do meu bem-querer. Enquanto a solução não vem, o melhor que posso fazer é explicar do melhor jeito que conheço, já que não conseguiria falar tudo isso de modo coordenado e compreensível.


[Toda vez que te olho crio um romance. Te persigo, mudo, todos instantes. Falo pouco pois não sou de dar indiretas. Me arrependo do que digo em frases incertas
...
Eu carrego comigo a grande agonia de pensar em você, toda hora do dia]

Comentários

VALHA!!! disse…
oh man! \die (vc tem que conhecer o barradie) adoro o amor, mas fujo o tempo todo... como uma louca mesmo! xP

Meu cabelo é um pouco abaixo do ombro, bem liso. Ele não é muito longo, mas os cabelereiros (inclusive os gays) costumam dizer que ele é "muito"... então, 10 mil anos pra fazer qualquer coisa que seja. Enquanto isso... tome cantada!

Blé =P

;*
Sanmya disse…
eu gosto do amor
eu só tomo no cu com ele,
mas continuo achando digno ahuahuauhhua
bjos, mermã
=]
Aiara Dália disse…
eu gosto do amor
eu só tomo no cu com ele,
mas continuo achando digno ahuahuauhhua
bjos, mermã
=]


[2]
Jana disse…
Menina, essa coisa de amor, paixão, quanto mais a gente tenta explicar menos a gente compreende...
É ruim e é bom rs

Beijos
Rafael Campos disse…
seria muito saber o motivo maior de toda essa poesia ter sido escrita?

[além do amor, claro... esse não é motivo unico para escrever :)]
Anônimo disse…
Entendo-te perfeitamente. O que escreveste é tão verdade...
*****
Unknown disse…
aiiiiiiiiiiii
como o amor e a paixão são lindos!!!!
deu até saudades d sentir isso td, sabia? e olha q eu to mesmo na minha fase d mulher solteira bem resolvida e com um futuro (promissor?!)pela frente...
mas "Amar é a gangorra do desespero!" foi tudo!!!!!! isso sim q eh o estouro do trovão! amei!

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