Mode on


Depois de tanto tempo.
[How can I decide what's right, when you're clouding up my mind... how could I ever own what's mine?]
Enquanto isso, no lustre do castelo...
Pulei fogueira, arrumei emprego, perdi filmes novos, perdi séries novas, perdi a paciência, perdi o amor. Achei-o de novo, achei a paciência, achei o gosto das coisas.
Descobri que já saímos todos desiludidos da faculdade, que amor não se acaba, que sempre tem alguém disposto a atrapalhar o serviço por gosto e vontade, que ainda me arrepio vendo Titanic e que é transcendental o clipe de Celine Dion (ninguém ri, pelo amor de Deus).
Constatei que gosto de minha vida pequena. Não quero alto padrão. Não quero perder quem tenho, mas quero que quem eu tenho queiram uns aos outros e não só a mim, porque teve uns dias em que me senti iô-iô.
Descobri que meu carimbo tem mais poder que eu imaginava e que o cafezinho não faltará enquanto meu nome estiver no rodapé das planilhas que entrego quinzenalmente.
Descobri também que minha força para reclamar é proporcionalmente igual à necessidade de botar cara feia. Não desisto e ainda vou poder reclamar e ser simpática ao mesmo tempo. Sou brasileira, às vezes desisto, confesso.
E dessa vez deixo assinado que da próxima desisto, sim.
Como meu affair com Murphy anda de vento em popa, percebi que ele é o lado fiel e constante da relação e que para mim, tudo o que reluz é casca de besouro.
[How did we get here?]
Sim! Tudo passa! E quando você pensa que tudo se resolveu, vem a vida, como uma tela de Windows e diz: “Não há relatório de resoluções de problemas no seu idioma: escolha um idioma abaixo para saber mais informações”; aí aparece Deutsch, Français, Tailandês, Chinês e Japonês... ela poderia até dizer que não há relatório em nenhum idioma que eu entenda.
Você muda. Você toma suco de maracujá quase todos os dias, come maçã antes de dormir (e considera todos os sentidos que permeiam a maçã, também), lê novas formas de leitura, faz exercícios físicos, muda a cor do cabelo, joga novos jogos de videogame, ouve músicas diferentes, vê pessoas diferentes, trabalha de forma diferente, ama de forma diferente, dorme de forma diferente (e acorda também) e percebe que há sempre algo que não muda... a vontade de que tudo fosse como antes...

Comentários

Flavih A. disse…
Ahhh, que bom q vc voltou.
Estava sentido falta dos seus posts.

Nem vou comentar esse.
Perfeito como sempre.

Beijos.!
Sisa disse…
Bem vinda de volta!
Andei apagando do meu blogroll um monte de gente que não atualizava os posts, mas não apaguei o seu, me recusei. Que bom que além de voltar, você voltou com um texto muito, muito bom. E que me pôs pra pensar. :oP

Beijos!
Biani Luna disse…
"tudo continua dando um jeito diferente de continuar igual"

mudanças são e sempre serão necessárias.
eu adoro esse poder de mutação que temos, acho fantástico.

acho que voce está se encontrando cada vez mais,
xero,
Anna Soares disse…
Amiga....
tipos... nem vou falar nada pq vc já disse tudo. No meu caso... o amor é a única coisa que vai bem obrigada...
Bel disse…
A gente muda, sim. E por mais que desejemos que tudo seja como antes... mudar é bom.

Bjooo
Marina Rebuá disse…
Confesso que tenho medo que as coisas fiquem 'muito diferentes' e que eu queira 'que tudo volte a ser como antes' antes do tempo que eu planejei...

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