Da constante necessidade da reconquista parte I


Hello, world, I’m your chchchchchchchcherry bomb!


Todo retorno é doloroso pela chatice da readaptação... e como Mario Quintana já disse, “todos os encontros são adeuses”. Todo primeiro contato é permeado pela sensação de que um dia algo irá se acabar. “O pra sempre sempre acaba”. Muito embora sobre a eternidade ninguém saiba, o meu eterno se define pelo instante que eu mesma não posso contar, e as minhas eternidades se fazem pelas lembranças – “a eternidade do que já foi sentido até a próxima grande sensação” – e tudo o que não se conta no tempo cronológico ou quaisquer artifícios de mensuração.

[moment of honesty.]

A música sempre me traz as melhores oportunidades. E quase todos os momentos de cada dia tem um trecho que canto mentalmente enquanto apenas observo em silêncio. E de vez em quando alguém pergunta “o que você está pensando agora?”. Como morro de vergonha de cantar, só falo sobre o que estou observando ou analisando naquele momento, com a música de fundo.

Guiga propôs que eu usasse Chico (Buarque) como background para um tema, tipo "pq chico buarque me pegava fácil e vc não pega nem difícil". Como ele não está dominando meu repertório no momento (nada contra quem gosta de Chico, tá? Eu amo Janis Joplin e isso também é raro), e quem está me pegando no momento há um tempão, acho bom adotar o tema “na real”.

[I thought Love would be my cure but now it’s my disease. I try to act mature but I’m a baby when you leave]

As melhores coisas da vida começam à exceção do corpo. Veja bem: tudo começa com uma idéia ou uma fantasiação. Excetuando-se o fato de que o tema pressupõe uma possível superavaliação da própria pessoa, bem, não posso me supervalorizar no momento, então lá vai.

Quem me pega há um tempão tem a chave com o segredo para o sucesso na montanha russa do meu coração. Não veio com cantadinhas desinteressantes ou aproximação vulgar. Não precisei dar minhas viajadas metafísicas para explicar como eu era para convivermos bem, muito embora quase sempre seja muito difícil para eu poder explicar alguma coisa ou, no mínimo pedir desculpas.

Não foi na balada, dançando com suor dando o tempero da batida e deixando todo mundo mais sexy, muito embora nessas circunstâncias jamais fosse possível – pelo menos para mim. Não pela mistura dos cheiros meu e dele para dar certo, muito embora tenha sido um dos fatores preponderantes para que eu tenha podido sempre querer sentir tudo mais uma vez e cada dia sempre. E mesmo sendo extremamente desconfortável o calor que estamos passando na atual conjuntura meteorológica, é na temperatura que as melhores sensações da pele se manifestam.

Minhas melhores práticas de discussões pesadas e pesadíssimas reconciliações: por isso não é qualquer um que me pega. Tem que ter conteúdo e língua afiada para discutir. E braços fortes para não deixar fugir. Eu sempre gasto muito tempo pensando em que escrever para ficar mais bonito; ele sempre fala objetivamente – se juntar os dois o resultado é um processo comunicativo efetivo.

E à parte de tudo isso, há que se fazer jus ao trecho de Chico que eu prezo muito:

[por isso para o seu bem, ou tire ela da cabeça, ou mereça a moça que você tem]


“Everybody has to play games”


[continua...]

Comentários

Unknown disse…
Por isso que sempre serei sua fã! Que você volte a postar mais e mais vezes... sempre acho alguma resposta para as minhas vagas indagações!
Anna Soares disse…
Ai Amélia, quando vc escreve, o prazer que eu tenho é tão grande que consegue matar a falta que eu tenho quando vc n o faz.
A reconquista, a arte de lembrar de nos lembrar as exatas razões de estarmos com eles. Eu sou sempre aquela que tem a necessidade de frio na espinha diária. E ele sempre sabe como chegar em mim.
E é assim que tem que ser, pq qd não é, já n será. Certo?
Sisa disse…
Tá que eu sou uma leitora mega relapsa e tem séculos que você me avisou que está de volta, e mesmo assim só hoje voltei com calma pra ler e comentar. Ando relapsa com todos meus blogs preferidos e isso tem uma explicação (que darei se achar seu mail na minha bagunça porque não quero assim publicar na net o assunto). Aí chego aqui e você coloca nesse post uma frase que é a melhor frase, e eu não vou falar qual é porque tou achando que ela vai virar um post. Acho que descobri o que falta na minha vida assim, num click lendo seu blog. Obrigada. Quando escrever lá, te conto. Ou você acaba vendo mesmo, afinal não é relapsa como eu hehehe.

Beijos e saudades.

Postagens mais visitadas