Todo recomeço é lento.


“I am the son and the heir of nothing in particular”

Não que tenha demorado demais, mas sinceramente me rendi às cobranças de retorno ao blog. Sabe, tenho um problema, ou defeito, ou não sei atribuir nome à minha limitação: bloqueio as coisas com muita facilidade. Bloqueio as coisas, as pessoas, as lembranças. Confesso que passei uns dias sem gosto para postar – por motivos externos, garanto. Mas errei, porque como disse num post anterior, às vezes me sinto tolhida, o que não deveria, uma vez que tudo isso aqui pertence a “moi”. Mas a verdade é essa: tinha perdido a vontade de manter o Foi Mia Quem Disse. Não porque faltasse o que falar, o que contar, o que comentar, o que criticar, o que desabafar – au contraire, o estopim para o bloqueio já foi o motivo para um post, talvez o último dos bonzinhos. Modéstia à parte sei usar as palavras e reconheço que posso falar muito bem sobre coisas desagradáveis, deixá-las leves nas entrelinhas e ainda assim fazer um textinho legal de se ler. Tá bom, exagerei, mas soou legal, então tá valendo! Sabe o que não sai da minha cabeça? Tudo porque resolvi apertar o botão do foda-se, ser feliz, pintar as unhas de vermelho, os cabelos, criar pedras nos rins e minhas frases são “It's Britney, Bitch!” e “Just dance, gonna be okay, da da doo-doo-mmm”. Porque tem bitches por todos os lados, porque resolvi não ter dor de barriga com toda besteira e porque sou mais eu. Ponto.

“Look at all the lonely people.”

O último post de verdade tinha sido de maio, quando falei em como “seria se fosse ser” mãe. De linha especial-para-o-dia-das-mães-experienciação. De maio para cá? Montes de coisas, montes de frases, de passagens, de músicas, nem tantos filmes. Nada tem se feito mais constante do que o chato e enfadonho sentimento de solidão. Que bichinho enjoado, viu?! Primeiro o fato de namorado morar longe, de ter amigo em Europa, Paraíba, Recife, Ceará, depois por último tem até em São Paulo (perceba que no meu conceito São Paulo pode parecer bem mais distante que a Europa...)!

Tenho jogos em casa que dão gosto de ver, mas não posso jogar, porque estou sempre só, inclusive conversando sozinha, vê se pode! Resolvi retomar o velho e bom hábito de escrever na agenda, procurei alfazema para plantar no muro e escolhi cor nova para pintar o quarto. Tiro mais fotos, tenho que comer menos derivados do leite. Ao invés de comprar livros novos, tento ler os que já tinha, ou que não tinha terminado de ler antes. Veja bem, não gosto dos best-sellers. Quando vou à livraria ou ao sebo, pego clássicos e outros que escolho pelo título ou pelo cheiro que sinto ao folheá-los (sem poeira, lógico), de modo que se você realmente quiser me ofender um dia, experimente ignorar meu quarto, falar dos meus livros ou tentar me tirar de dentro de casa sem pelo menos um deles. É quase “vivo sem calcinha, mas não sem minha estante”. Deu pra sacar?

Tirando só isso, é tudo a mesma coisa. O que recomendo hoje? Hum, deixa pensar...

Sara Bareilles – Gravity

Gavin DeGraw – Untamed

Gary Jules – Mad World

Glen Hansard and Marketa Irglova – Falling Slowly

Só pra começar. Até amanhã! ^.^

Comentários

Flavih A. disse…
Ahh, volta mesmo.
Toh sentindo falta dos teus textos cabeças.

Eu sei bem o q é essa coisa de se desligar.
Faz bem de vez em quando sabe?
E ligar o foda-se, faz melhor ainda.

Beijo e não some.!
Marco disse…
Ligar o foda-se é tudo de bom. Mesmo que às vezes a gente pensa em desligá-lo e descobre que a gente quebrou o botão on-off... mas foda-se!
Raimundo Neto disse…
Uhnnnn...e deve fazer tempo que não passo por aqui.
Eu recomendaria alguma da Gabriella Cilmi. E pelo seu tom e cheio, talvez, Sweet about me.
Mathws Aires disse…
Mas ela nem comentou o quao tá feliz por minha volta. Contei isso a ela, quando ela escrevia tal texto.

/TEAMOPRASEMPRETEAMODEMAIS!
Unknown disse…
Se vc usasse tantas calcinhas de uma vez só quanto os livros que carrega de uma vez só na mochila (mesmo sabendo que nao terá nem uma brechinha de tempo para lê-los) vc teria um popozao comparavel ao de Beyonça!!

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