Psicodelia e porque na liberdade até as rimas prendem


Do lado de dentro

ela se perguntava que sabor tinha

Passeando por fora de si não sabia de limites

Onde era o fim de si para o começo do mundo

Será que era na sua expiração ou será que a procura cessaria

Que é liberdade senão a procura? Qual lugar é o que prende?

Sem grades, sem correntes, sem balizadores.

Só mais um pouco e eu entendo

aquela viagem que é só minha

Não se preocupe em segurar minha mão, mostre o caminho

Dentre tantos que meus dedos poderiam percorrer

Delicado toque com a resposta na ponta da língua

“Quantas línguas você fala”, ela perguntou

“Depende de qual você quer experimentar”, a resposta sempre seria

De repente eram os sons mais inebriantes,

os sabores mais cheios de tons furta-cores

Me furtando o ar de todas as escolhas que eu poderia tomar

Quando abria os olhos, era minha pele que enxergava

Todos os seus pelos e poros, eriçados,

quando disse “me escolha de corpo todo”

Todos os caminhos escolhidos levariam até ela,

Sua própria prisão – o corpo

Na consciência que está a maior segurança da sua liberdade – de ser


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