Sobre pensamentos avulsos e escolhas.


Um dos maiores nomes na Ciência que eu acho é Marie Curie, que sofreu consequências seriíssimas a custo da própria vida em função de seus estudos. Acho, além de outros fatores, que isso define a importância das escolhas que fazemos na vida e as consequências destas escolhas – sejam elas boas ou ruins (as consequências, digo). Poderia passar o dia inteiro discutindo frustrações e decepções, de situações, de contextos, de pessoas – e essas conclusões são quase que diárias. Poderia passar o dia inteiro das coisas que gosto de fazer, que me sinto bem observando, vivenciando, ou conhecendo, porque gosto de conhecer lugares novos, pessoas novas, situações novas, novos conhecimentos, porque sempre gostei de procurar. Sempre soube das dificuldades que minhas escolhas me imporiam, assim como sempre soube da responsabilidade de fazer algo bem feito, de imprimir dedicação e compromisso às atividades.

Saber que os sucessos e insucessos andam lado a lado indica que o indivíduo deve ser sabedor também da parcela de responsabilidade e suas escolhas e seu esforço na consecução dos objetivos de vida. E não desistir, porque a vida nunca foi fácil e não sei quem inventou que o seria. Mas é fácil nos conhecermos, a autopoiesis, de que já vi Maturana, Capra e Deleuze falando. Buscar, produzir-se, conhecer-se, amadurecer-se, avaliar-se, criticar-se.

Tem gente que faz do estudo um modo de vida e tem gente que faz da vida sua única escolha – e que bom que há quem consiga associar o bem-viver à vida acadêmica. Como sempre tive interesses e conhecimentos muito delimitados, aprendi também a julgar menos e tentar compreender mais cada situação, cada contexto, no entendimento do que depende ou não de minha alçada – e quando depende é ali que dou o meu máximo de dedicação. É como eu disse anteriormente: as escolhas são de cada um, assim como as consequências das mesmas. E cada um tem o seu papel: o amigo, o pai, a mãe, o irmão, o vizinho, o estudioso, o bom vivant, o engenheiro, o enfermeiro, o professor, o estudante.

Sobre Marie Curie, a descoberta do Urânio e sua importância no Raio-x: era só uma observação, mesmo, porque amanheci lembrando de boas descobertas que surgem do interesse e da busca que a individualidade e o desejo interior nos impulsionam.

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