...morro furando os olhos Parte II

Dentre todas as oportunidades que a vida me deu, amar tem sido a mais gratificante. Graças a Deus ninguém é perfeito, porque se fosse eu certamente sofreria muito para atingir um certo grau de aceitação do meu "objeto" amado - eu, esse ser mal-acabado.

Já vi, paguei pra ver, sinto de graça e reitero: amar é fácil, mas complexo de manter. Naqueles dias em que você não quer trocar uma mínima palavra nem com seu animal de estimação, o telefone toca e você ouve aquela voz querida, ou toca a campainha e aparecem aqueles braços ma-ra-vi-lho-sos que têm o poder (???) de mandar metade dos problemas embora só pela engraçada resolução: aquela contraditória maneira que ele tem de acreditar que tudo ainda pode ser certo, de acreditar nas pessoas, no bom do mundo - e você, que já desacreditou de tudo, na posição de desconsolo, não sabe se acha graça ou se chora por ter encontrado toda essa riqueza humana (normalmente eu choro - mas sem ele saber... well, agora sabe). E a risada? Ah, a risada. Sem comentários.

Se antes eu sonhava com a pessoa certa para mim e escrevia cartas para o vento, hoje escrevo cartas que não tenho coragem de entregar - não porque sejam ruins, mas porque seriam repetitivas ao extremo e de um romantismo de que eu mesma tenho medo quando termino: tiraria onda comigo mesma (rs).

Quando se está perto, a última coisa que quero ter é relógio; quando se está longe, a única coisa que quero é sonhar quando durmo.

Não sei o que será de amanhã... nunca soube - e sempre tem dado certo. Espero, quero, desejo, torço e me esforço para que dê: esforçamo-nos. E a falta é algo com que nunca nos acostumamos - queira Deus que não nos acostumemos.

Queira Deus, porque o dia-a-dia, as pequenas, as grandes, as físicas e as biológicas coisas queremos nós.

Comentários

Jana disse…
Aproveite, é o melhor sentimento do mundo!

beijo
Anônimo disse…
Ultimamente ando escrevendo inúmeras cartas ao vento.. E sei exatamente do quê você está falando, quando diz que as cartas atuais soam repetitivas. Pq é complicado escrever sobre um sentimento que é, momentanemente ou não, imutável. Mesmo sem você pedir, te dou um conselho: Entregue as cartas a ele.. deixe ele saber o quão você se repete no que sente por ele. Quem sabe ele também não tenha algumas cartas guardadas pra te entregar??? ;)

Bjos, e felicidades.
Séfora disse…
Eu quero um pra mim huahuauaauahua
Heber disse…
Mia, eu podia deixar um comentário. Mas tem coisas que não cabe, não precisa. Basta um suspiro, um sorisso (e, para todo blogueiro, pelo menos!, um sinalzinho de fumaça!)
Seria tolice eu comentar qq coisa que vc escreve. A não ser que eu me sinta intimado a um debate. Só suspiro. Mas confesso: tenho quase certeza que é mais pelo conteúdo, mas muitas vezes são pelas belas construções de frases. Cada vírgula bem colocada. Todas as frases no lugar certo. Digo, as frases e eu.
Marco disse…
Rubem Alves vê o amor no jardim, nas plavras de velhos poetas e filosofos. Flavio Gikovate nos traduz a complexidade desse sentimento indizível. Mia ama, sem mais explicações, sem mais porquês, apenas liberta e flue.

Beijo.
Flavih A. disse…
Vc escreve de uma maneira que deixa qualquer um inspirado.
Perfeito.
Não só esse post, como todos os outros.!

Beijos.
Anna Soares disse…
As vezes eu to com preguiça, com desanimo, sem inspiração ou algo que a valha e venho aqui tentar roubar idéias suas...
ê trabalhinho ingrato.... vc ja diz tudo...
fica é nada pra eu dizer heheheh
Continue, é um trabalho a menos que eu tenho..huhaahahau
Anônimo disse…
É a primeira vez que passo aqui, e é muito bom me deparar com um blog cheio de inspiração e amor de verdade!
Tudo de melhor para o seu amor!

bjos
déh
solemescorpiao.wordpress.com
Anônimo disse…
E queremos tanta coisa...
Anônimo disse…
Mia, aproveita!!
Boa sorte! :=)))
Não tem nada melhor no mundo!!
Beijus
Marina Rebuá disse…
Adoro essa foto dos dedinhos! heheh

bjocasss!
Rafael Campos disse…
sabendo que eu sou a pessoa com a maior capacidade de se apaixonar por metro quadrado de área, digo que acho mermo essa sensação a melhor do mundo e, quantas vezes eu quebre a cara, tantas vezes eu tento de novo!

e, cartas à entidades distantes e intocáveis são meus maior trunfo!

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