Demanda-te
Come teu pão, bebe teu vinho, toma tuas trouxas, banha-te nas águas caras, lembra-te da clareza do viver, dorme no conforto da quimera alimentada com a ambrosia na divindade de que não advéns. Mela-te, consome-te, afoga-te em ti mesma. Aspira os ares da paixão que consome a carne e depila a alma. Limpa a alma. Come o amor. Bebe o carinho. Despe a casca. Cheira o cerne. Toca o desejo. Dirige o corpo, cozinha o prazer, entorna o arfar, embebe a pele, toma a maçã, descaroça os gostos, perfuma as reentrâncias, hidrata o amor, respira a necessidade.
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