Porque se o amor é cego... Parte I
A carne do lado dos pêlos e poros vibra com o calor. O lado de dentro vibra com o efeito da presença de outra alma.
Na primeira vez em que me apaixonei, tive a impressão de que poderia passar a vida inteira naquele sentimento. Mas ele mudou – o pseudosentimento, no momento em que o boy descobriu que eu andava a fim dele. Então o tempo passou e me pseudoapaixonei de novo, um tanto adolescente e muito iludível, lógico (senão não teriam a mínima graça as ligações tarde da noite). Meninas não querem realmente se envolver: elas querem envolver, abrandar um pouco a necessidade que constantemente sentem de serem protegidas e depois sofrer pelas ilusões perdidas – porque escolhem também adolescentes carentes de experimentar o que de “melhor” a vida tem a lhes oferecer. Contei conversa, percebi que ele era só propaganda, desiludi ligeiro, pulei fora rápido e dei continuidade à solidão.
Adolescente transparece a carência e dificilmente tem uma personalidade estabelecida – por isso muda facilmente pelo alvo da paixão. A curiosidade se traduz pelo olhar e o modo como se cochicha com as colegas na hora do intervalo: e os segredos sórdidos são compartilhados nas festas do pijama (ou não). Mudei um bocado, percebi que não valia a pena e fiz coleção de desgostos (alguém aí foi diferente?).
Gosto de assistir eventos adolescentes só pela lembrança da minha época e pra constatar que os padrões mudam, e muito, em curto espaço de tempo: sempre. Aos 14 anos minha farra era light, mas perfeita, assim, e continua sendo: brigadeiro, filme, pipoca e coca-cola.
Nunca achei que deveria passar por tudo para ser feliz. Sempre fui mais quieta, sem muita badalação, sem muito furor (por isso até uns dias atrás minha mãe não pensava que eu soubesse ao menos dançar), sem muita afetação. Por dentro o mundo crescia. Detesto gente afetada demais. Prefiro paz. E a que tenho tido não troco pelas aventuras esquecíveis.
A primeira vez em que o vi achei até fofinho, mas nem alimentei muito o faniquito do interesse porque já andava capenga. E durante muito tempo trocamos poucas palavras, compartilhamos o mundo dos que simplesmente se conhecem e se cumprimentam. Depois, um pouquinho menos iludível, achei de querer ficar com ele sem considerar a possibilidade de ele não querer ficar comigo de volta, arrumei um cupido eficiente. Interessante como mulher tem lembrança boa. Lembro-me direitinho daquela noite: ele descendo do ônibus, da camisa amarela, do cheiro dele, dos recados idos e vindos, da gente andando de mãos dadas... nesse dia e nas duas semanas subseqüentes. E eu que pensava que namorico de férias não daria em nada.
[You're on my heart just like a tattoo... I'll never regret you]
Sem comunicação, sem iniciativa e sem interesse declarado, não namoraríamos no ano que começava porque, afinal de contas, “namoro à distância não dá futuro..”. Passamos pelo momento memorável das pessoas que são a fim uma da outra e ficam com outras em frente um do outro pra ver no que dá. Não deu em nada (não que eu estivesse mesmo prestando atenção nele enquanto beijava o outro e vice-versa, mas ele mesmo já deu a entender que prestava atenção... tá, eu prestava. Prontofalei =X ).
Seis meses depois começamos a namorar em uma saída para tomar sorvete. A contrário do que dizem, início de namoro é chato; tem muito o que a gente tem a dizer, a perguntar, mas nem todas as portas estão abertas, nem todas as possibilidades são consideráveis. E quem acha que amar é simples, complemento: simples de sentir, mas complexo de manter. Boas coisas vêm do nada, mas o dia-a-dia tira um pouco nossa capacidade de inovar. Muito acontece com a naturalidade dos que esperam e buscam – ainda bem. Decepções existem, como em todos os relacionamentos, os familiares, os de amizade, os de vizinhos. Alguns problemas se consertam, alguns assuntos antes pendentes se resolvem. Você estabelece seus limites, ele os dele, estabelece-se o respeito necessário e o que tem que dar certo, dá.
Na primeira vez em que me apaixonei, tive a impressão de que poderia passar a vida inteira naquele sentimento. Mas ele mudou – o pseudosentimento, no momento em que o boy descobriu que eu andava a fim dele. Então o tempo passou e me pseudoapaixonei de novo, um tanto adolescente e muito iludível, lógico (senão não teriam a mínima graça as ligações tarde da noite). Meninas não querem realmente se envolver: elas querem envolver, abrandar um pouco a necessidade que constantemente sentem de serem protegidas e depois sofrer pelas ilusões perdidas – porque escolhem também adolescentes carentes de experimentar o que de “melhor” a vida tem a lhes oferecer. Contei conversa, percebi que ele era só propaganda, desiludi ligeiro, pulei fora rápido e dei continuidade à solidão.
Adolescente transparece a carência e dificilmente tem uma personalidade estabelecida – por isso muda facilmente pelo alvo da paixão. A curiosidade se traduz pelo olhar e o modo como se cochicha com as colegas na hora do intervalo: e os segredos sórdidos são compartilhados nas festas do pijama (ou não). Mudei um bocado, percebi que não valia a pena e fiz coleção de desgostos (alguém aí foi diferente?).
Gosto de assistir eventos adolescentes só pela lembrança da minha época e pra constatar que os padrões mudam, e muito, em curto espaço de tempo: sempre. Aos 14 anos minha farra era light, mas perfeita, assim, e continua sendo: brigadeiro, filme, pipoca e coca-cola.
Nunca achei que deveria passar por tudo para ser feliz. Sempre fui mais quieta, sem muita badalação, sem muito furor (por isso até uns dias atrás minha mãe não pensava que eu soubesse ao menos dançar), sem muita afetação. Por dentro o mundo crescia. Detesto gente afetada demais. Prefiro paz. E a que tenho tido não troco pelas aventuras esquecíveis.
A primeira vez em que o vi achei até fofinho, mas nem alimentei muito o faniquito do interesse porque já andava capenga. E durante muito tempo trocamos poucas palavras, compartilhamos o mundo dos que simplesmente se conhecem e se cumprimentam. Depois, um pouquinho menos iludível, achei de querer ficar com ele sem considerar a possibilidade de ele não querer ficar comigo de volta, arrumei um cupido eficiente. Interessante como mulher tem lembrança boa. Lembro-me direitinho daquela noite: ele descendo do ônibus, da camisa amarela, do cheiro dele, dos recados idos e vindos, da gente andando de mãos dadas... nesse dia e nas duas semanas subseqüentes. E eu que pensava que namorico de férias não daria em nada.
[You're on my heart just like a tattoo... I'll never regret you]
Sem comunicação, sem iniciativa e sem interesse declarado, não namoraríamos no ano que começava porque, afinal de contas, “namoro à distância não dá futuro..”. Passamos pelo momento memorável das pessoas que são a fim uma da outra e ficam com outras em frente um do outro pra ver no que dá. Não deu em nada (não que eu estivesse mesmo prestando atenção nele enquanto beijava o outro e vice-versa, mas ele mesmo já deu a entender que prestava atenção... tá, eu prestava. Prontofalei =X ).
Seis meses depois começamos a namorar em uma saída para tomar sorvete. A contrário do que dizem, início de namoro é chato; tem muito o que a gente tem a dizer, a perguntar, mas nem todas as portas estão abertas, nem todas as possibilidades são consideráveis. E quem acha que amar é simples, complemento: simples de sentir, mas complexo de manter. Boas coisas vêm do nada, mas o dia-a-dia tira um pouco nossa capacidade de inovar. Muito acontece com a naturalidade dos que esperam e buscam – ainda bem. Decepções existem, como em todos os relacionamentos, os familiares, os de amizade, os de vizinhos. Alguns problemas se consertam, alguns assuntos antes pendentes se resolvem. Você estabelece seus limites, ele os dele, estabelece-se o respeito necessário e o que tem que dar certo, dá.
Namoro à distância dá futuro, quando bem-administrado e quando há amor e respeito suficientes. Tenho um bocado de historinhas pra contar... talvez seja igual ao Lennon: "you may say I'm a dreamer but I'm not the only one."
E se não há quem acredita, só testando e dando a cara a tapa pra sentir as boas dores do amor. =)
Continua no próximo episódio...
Continua no próximo episódio...
Comentários
Beijocas. Tô de casa nova! (As always) =)
Nat (ex-sortenojogo)
Moça, preciso te mandar um mail falando uma coisinha. Vou ver se mando hj ou amanhã, ok?
Bjo.
Mas morri de rir quando vc confessou que prestava atencao, KKKKKKKKKKKKKKK!!! PARECE Q TO VENDO VC DIZR ISSO.
BEJU, te amo.
AH! Vai no Google Images e digita "mathws" e vai na segunda pagina, e ve o que tem lá!
M.
Eu sou a prova viva disso, rsrs!!
Amei o texto!
Vou passar por aqui mais vezes, rs!
= *
Bjs...
nem eu.
namoro a distância, pelo menos pra mim, não rola. namoro é contato, presença, fazer amor, tá perto em todos os sentidos. tem uma hora que telefone não basta!!!
beijo beijo.
Voltei.
E namoro a distancia faz a gnt crescer.
é difícil da certo, mas o meu tá indo mt bem ....
a gnt só sabe da gente né/?
Até acredito em namoro à distância, mas tem que ter MUITA maturidade.. Estou torcendo pra que dê certo!
Bjos, querida!
Mandei o mail sim! Mandei pra miadisse@gmail.com. Faz assim, me manda um mail (sisa@uai.com.br) e eu redireciono pro mail que vc me mandar. Já faz uns dias que te mandei, rs. Beijos!