Em se jogando...
De tudo o que afeta o coração inquieto, talvez as incertezas sejam a maior causa dos arrepios desavisados, das cefaléias repentinas, do arrebatamento da necessidade de abandonar tudo. Essas incertezas, essa inquietação - são tudo troco do preço que pagamos pelo vislumbre de uma estabilidade a médio prazo. Alguns objetivos se perdem no meio do caminho justamente pelas “forças do destino” – decisões que temos que tomar em caráter emergencial. É aquela coisa de estar no parapeito de um edifício e só ver ar adiante, e uma superfície a metros de distância abaixo, só que existe um chão invisível, entre você e a terra; basta pular na posição, no espaço e na velocidade corretos – jogar-se. Nunca me joguei, daí que é um desafio no mínimo deveras ousado para não poder carregar pára-quedas e arriscar a queda livre. Sempre detestei correr riscos.
Corações inquietos são muito mais inflamados pela propulsão dos objetivos precocemente constituídos. A inquietude da ansiedade do que já se começou a buscar é mais gostosa de ser sentida. A inquietude dos não-planos é um tanto mais difícil de identificar.
Riscos pressupõem probabilidade de violação de algo inteiro, ou cômodo, ou confortável. Nunca gostei de riscos justamente por sempre ter achado não ter nada, por me sentir segura na minha comodidade, na pequenez. Tá, faço parte do Acomodados Futebol Clube. Ninguém quereria ouvir as situações de risco mais “arriscantes” de que tomei parte, porque não são realmente riscos. E agora tenho que pular.
Não sei se por medo de não dar certo, por ter que ainda construir um nível de conforto para meu próprio viver, por ter que perder algumas regalias, por “arriscar” renunciar algumas metas. Nunca quis ser sempre politicamente correta – nunca. Mas já ouvi que sou – prego batido e ponta virada. Nada do que jamais tentei fazer errado deu certo, mesmo com esforços. E por que deveria dar, se tantas vezes me questionei se tudo o que a vida me trouxe não se configurava como situação por mim merecida? Isso é uma prerrogativa humana, esse aguçado senso de autoavaliação negativa. E agora me vejo obrigada a pular.
Se antes não conseguia ver planos alicerçados, agora dá para [não] se ver o ar. No colors, no roads, no gravity.
Dizem que o caminho é a gente que constrói. Prefiro a vida de personagens de filmes todo mundo vê, acompanha o começo, o meio e há um final: depois daquilo tudo vai para o universo da nebulosidade, porque o “felizes para sempre” remonta à subjetividade do que seja ser feliz e fica a cargo da audiência tirar suas próprias conclusões e criar na mente as situações do feliz, do bom, do eterno.
Se nem o “para sempre” existe, que dirá o que a gente faz pra buscar o “feliz”.
Pula, moça, pula!
Corações inquietos são muito mais inflamados pela propulsão dos objetivos precocemente constituídos. A inquietude da ansiedade do que já se começou a buscar é mais gostosa de ser sentida. A inquietude dos não-planos é um tanto mais difícil de identificar.
Riscos pressupõem probabilidade de violação de algo inteiro, ou cômodo, ou confortável. Nunca gostei de riscos justamente por sempre ter achado não ter nada, por me sentir segura na minha comodidade, na pequenez. Tá, faço parte do Acomodados Futebol Clube. Ninguém quereria ouvir as situações de risco mais “arriscantes” de que tomei parte, porque não são realmente riscos. E agora tenho que pular.
Não sei se por medo de não dar certo, por ter que ainda construir um nível de conforto para meu próprio viver, por ter que perder algumas regalias, por “arriscar” renunciar algumas metas. Nunca quis ser sempre politicamente correta – nunca. Mas já ouvi que sou – prego batido e ponta virada. Nada do que jamais tentei fazer errado deu certo, mesmo com esforços. E por que deveria dar, se tantas vezes me questionei se tudo o que a vida me trouxe não se configurava como situação por mim merecida? Isso é uma prerrogativa humana, esse aguçado senso de autoavaliação negativa. E agora me vejo obrigada a pular.
Se antes não conseguia ver planos alicerçados, agora dá para [não] se ver o ar. No colors, no roads, no gravity.
Dizem que o caminho é a gente que constrói. Prefiro a vida de personagens de filmes todo mundo vê, acompanha o começo, o meio e há um final: depois daquilo tudo vai para o universo da nebulosidade, porque o “felizes para sempre” remonta à subjetividade do que seja ser feliz e fica a cargo da audiência tirar suas próprias conclusões e criar na mente as situações do feliz, do bom, do eterno.
Se nem o “para sempre” existe, que dirá o que a gente faz pra buscar o “feliz”.
Pula, moça, pula!
Comentários
Porque pra ter certeza, precisamos escolher, pra escolher temos que renunciar.
Essa vida é de constante aprendizado, feita de erros e acertos.
O medo é inevitável, só não podemos permitir que ele nos paralise
Miaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!
mas mesmo assim, digo: sijooooga, pintosa!
uaheaiuheauhei
beeeijo.