O fim da Saga - sem nenhum spoiler
Quando acaba a saga de Harry Potter, o que nos resta fazer além de esperar pelos próximos filmes e não ter novas histórias por que esperar no ano seguinte? É desse jeito que minha cabeça martela desde ontem, às 12:30 da noite, que terminei de ler Harry Potter and the Deathly Hallows – o último, o livro 7.
Para quem ignora essa leitura, só tenho duas coisas a dizer: respeite quem aprecia se não agüenta ler, ou tente começar a ler para depois criticar. Não falo de religião, porque esse assunto já foi mais batido do que farofa em pilão, e creio que passa um pouquinho longe de questões religiosas. Para mim o mundo anda meio doido, porque, ou eu sou muito retardada, ou as crianças hoje em dia entendem muito mais de assuntos sérios na faixa dos 9 aos 12 anos do que na minha época. Não tem cabimento uma criança de 10 anos ter sobre os assuntos importantes da saga, todo o entendimento, compreensão e reunião de emoções que uma pessoa crescida tem (veja bem, eu sou crescida, mas não adulta rsrsrs).
Se você, crescidinho ou crescidinha, que está lendo ainda a história ou ainda vai esperar pela versão oficial em Português da Rocco não percebeu ainda, deixe-me dar uns toques. Fica elucidado o pano de fundo político-social-filosófico neste último livro que perpassa toda a série de 7 livros considerados de leitura (exclusivamente infantil para alguns) infanto-juvenil (mas para mim não seria tão bem aproveitado quanto para os amantes da imaginatividade, da História e das questões existenciais). Como exemplo, com perdão da palavra – aloprado, percebe-se uma narrativa encharcada do espírito da política nazista alemã na Segunda Guerra Mundial e o Holocausto.
Para quem já me conhece, já me viu falando isso, já deve ter cansado, mas as personagens principais seguem correntes filosóficas e momentos políticos, tudo condensado em uma mesma época. Do ponto de vista político, personifica muito bem grandes nomes, como Maquiavel, Napoleão, Gandhi, Margareth Thatcher, e, claro, o não menos apontado, Adolf Hitler. É a união da filosofia moderna com a clássica, em um espectro que dispõe desde Sócrates até Nietzsche, isso sem mencionar o ponto crucial que é visto em pouquíssimas narrativas do gênero: a dualidade bem-mal que compõe as personagens – não que não haja a básica luta entre o bem e o mal, mas ela não retrata o mocinho exclusivamente bom, com sentimentos bons, convicto de sua pureza de espírito, mas indivíduos que enfrentam seus questionamentos interiores, o receio de não estar fazendo a coisa certa na hora certa, cheios de desconfianças, autores de ações de cunho relativo (o que é o bem para um, não é para o outro) e, nas entrelinhas, a discussão sobre a transfiguração dos valores. É uma aula vivencial de História para quem já gosta do estilo (mas que eu nunca vi em nenhuma estrutura literária antes). É, talvez eu seja criança ainda.
Desculpas a quem acha que é uma produção exclusiva mercadológica, feita só para vender e alimentar o sistema capitalista. Mas você tem algum livro que não tenha sido obtido mediante capital? Continue lendo Paulo Coelho, então. Eu também gosto dos clássicos da literatura brasileira ou estrangeira, é claro – óbvio! Mas por que não valorizar também as nossas obras contemporâneas? Por que não haveria ótimas obras também no século XXI? Longe de mim dizer que é ótima (mas pelo menos para mim é) como uma verdade universal, mas eu vejo tudo isso em uma “mera história infantil”; se outras pessoas não vêem, fazer o quê, né?
Para quem ignora essa leitura, só tenho duas coisas a dizer: respeite quem aprecia se não agüenta ler, ou tente começar a ler para depois criticar. Não falo de religião, porque esse assunto já foi mais batido do que farofa em pilão, e creio que passa um pouquinho longe de questões religiosas. Para mim o mundo anda meio doido, porque, ou eu sou muito retardada, ou as crianças hoje em dia entendem muito mais de assuntos sérios na faixa dos 9 aos 12 anos do que na minha época. Não tem cabimento uma criança de 10 anos ter sobre os assuntos importantes da saga, todo o entendimento, compreensão e reunião de emoções que uma pessoa crescida tem (veja bem, eu sou crescida, mas não adulta rsrsrs).
Se você, crescidinho ou crescidinha, que está lendo ainda a história ou ainda vai esperar pela versão oficial em Português da Rocco não percebeu ainda, deixe-me dar uns toques. Fica elucidado o pano de fundo político-social-filosófico neste último livro que perpassa toda a série de 7 livros considerados de leitura (exclusivamente infantil para alguns) infanto-juvenil (mas para mim não seria tão bem aproveitado quanto para os amantes da imaginatividade, da História e das questões existenciais). Como exemplo, com perdão da palavra – aloprado, percebe-se uma narrativa encharcada do espírito da política nazista alemã na Segunda Guerra Mundial e o Holocausto.
Para quem já me conhece, já me viu falando isso, já deve ter cansado, mas as personagens principais seguem correntes filosóficas e momentos políticos, tudo condensado em uma mesma época. Do ponto de vista político, personifica muito bem grandes nomes, como Maquiavel, Napoleão, Gandhi, Margareth Thatcher, e, claro, o não menos apontado, Adolf Hitler. É a união da filosofia moderna com a clássica, em um espectro que dispõe desde Sócrates até Nietzsche, isso sem mencionar o ponto crucial que é visto em pouquíssimas narrativas do gênero: a dualidade bem-mal que compõe as personagens – não que não haja a básica luta entre o bem e o mal, mas ela não retrata o mocinho exclusivamente bom, com sentimentos bons, convicto de sua pureza de espírito, mas indivíduos que enfrentam seus questionamentos interiores, o receio de não estar fazendo a coisa certa na hora certa, cheios de desconfianças, autores de ações de cunho relativo (o que é o bem para um, não é para o outro) e, nas entrelinhas, a discussão sobre a transfiguração dos valores. É uma aula vivencial de História para quem já gosta do estilo (mas que eu nunca vi em nenhuma estrutura literária antes). É, talvez eu seja criança ainda.
Desculpas a quem acha que é uma produção exclusiva mercadológica, feita só para vender e alimentar o sistema capitalista. Mas você tem algum livro que não tenha sido obtido mediante capital? Continue lendo Paulo Coelho, então. Eu também gosto dos clássicos da literatura brasileira ou estrangeira, é claro – óbvio! Mas por que não valorizar também as nossas obras contemporâneas? Por que não haveria ótimas obras também no século XXI? Longe de mim dizer que é ótima (mas pelo menos para mim é) como uma verdade universal, mas eu vejo tudo isso em uma “mera história infantil”; se outras pessoas não vêem, fazer o quê, né?
Bem, acabou. O melhor é perceber detalhes que tinham passado despercebidos e correr para reler tudo depois. O segredo agora é tocar a vida e, chegar em casa todos os dias e ver na prateleira, sete anos de muita aventura e conhecimento acumulados, daquele jeitinho que só os amantes de livros e da sétima arte acham – lindos.
Comentários
Eu não gosto de Porter, mas nã boa. Já li três, assisti os 2 primeiros. É uma questão de gosto mesmo, não critico quem gosta.
Só nunca tinha ouvido alguém falar tão "assim", sabe??? Mostrando que "existe algo" por trás... fiquei até com vontade de ler novamente pra ver se descubro isso tudo. Mas agora... só depois da minha mono, tá?
Um xêro!
mas, se tem algo q to sentindo é alívio
mesmo q seja estranho sentí-lo
mas é pq realmente eu já fiz loucuras demais por conta de hp
mas to extremamente feliz, apesar da crise...
sei lá
como disse uma amiga minha, lá se foi uma fase da vida, meeeeeesmo
mas... eu sei que eu vou tê-lo pra sempre... e isso me conforta...
No post tu falou do Harry Potter igualzinho a como eu falo de "Alice no País das Maravilhas". Eu sou fascinada pela mensagem desse livro/filme, que também é considerado infatil.
Lê aí pra tu ver que eu não tou mentindo ;)
Na url abaixo no post do dia 17
http://www.quadrodelembrancas.blogger.com.br/2005_05_01_archive.html
;***
vou lá terminar de ler,esperar as emoções, as lágrimas virem espontaneamente... eu sei que vou ficar quase em crise e concerteza quando eu ler a ultima página do livro eu não vou me contentar e vou desabar num choro, lembrando de tuuuuudo que passou desde o primeiro livro, desde o primeiro filme... o que me contenta eh olhar pros livros e ter eles pra seeeeempre comigo, até meus filhinhos lerem hehehe
bjus
Se tiver um tempo, olha o meu Blog, axo q vai gostar: http://www.clovisfritzen.blogspot.com/