Mentindo o ser feliz


As pessoas gostam da mentira, gostam de mentir – as mentiras pequenas, as pequeninas, são as mais valiosas, porque assumem o sentido de toda uma vida, assumem proporções maiores do que deveriam. E são as menores que se transformam em grandes verdades.

“e era bom. ‘Não entender’ era tão vasto que ultrapassava qualquer entender – entender era sempre limitado” (Clarice Lispector)

Eu sei o que não quero fazer, mas daí a resolver e realmente NÃO fazer – é outra história. [odeio mosquitos]

Momento “estimulação do amor próprio”:
[Tenho que tirar o meu melhor que sei que é melhor que muitos melhores por aí com os quais o destino faz questão que eu esbarre quase todos os dias...]

---there’s too much talking---
E tudo vai voltando... do jeito que vai, sempre volta... sempre.

[Não quero falar, não posso falar. Dói, pesa, sufoca, exaure, esgota, desgasta, cansa-me falar. Muito. Do jeito que cansa até pensar no quanto.
(...)
Irrita – i digo isso porque não conheço a definição para o que vem depois disso porque se tiver um “depois disso”, é isso. Aborrecida. É isso o que estou. Falar aborrece.]


[Não sou do jeito que queria, não estou onde queria, quase sempre faço coisas do jeito que menos queria que fossem. Mas é que dizem que um dia as coisas melhoram e eu fico pensando, ciente de que meus problemas são pequenos e que é preciso mais coragem para ficar sozinho do que a resolutividade em si. Um dia, quando os problemas forem problemas, não saberei enfrenta-los, não saberei como saber um problema ou outro. Morro de medo de um monte de coisas, mesmo, só que não sou covarde; tenho a estúpida iniciativa de manter o nariz empinado, a cabeça erguida até quando não precisa, e quando devo, simplesmente me isolo; tenho problemas em admitir minhas qualidades. Modéstia é um defeito meu.
O mundo ensina as pessoas a serem individualistas, e a teoria ensina o contrário. Nem sei de onde meus pais tiraram a idéia de me colocar num colégio de freiras, onde nos ensinam coisas sobre moral, sociedade, convívio com os irmãos, valores.
Não me ensinaram a devolver a tapa, apenas a oferecer a outra face; nisso aí tenho que ser autodidata e levar a cabo a história de “tratar os outros como os outros me tratam”, do lado sujo das coisas, mesmo. Mentiu? Eu minto; isolou? Eu sei ignorar muito bem as coisas insignificantes; posso ser arrogante, prepotente, autoritária, do jeito como se queira; ser falsa é fácil... ainda acredito na teoria que diz que temos todos os instintos animais, só que não desenvolvidos adequadamente.
Dizem que um dia as coisas melhoram. Eu não estava sendo, fazendo, ou vivendo do jeito que queria, mesmo...]

Comentários

Júlia disse…
E sempre tão fácil mentir,contar aquela mentirinha basica em ksa.. dar aquela enrolada, eh sempre fácil ser falsa..o dificil eh desmentir... lhe dar com mentiras não eh pra qualquer um, viver com mentiras não eh bom, ser vitima de mentiras eh pior ainda..
o melhor que seria não mentir, mas isso eh uma utopia!
qnto ao colégio das irmãs..o propriolema já diz.. fazer o bem em olhar pra quem.. será que tem q ser assim mesmo??
=*****
maria clara disse…
eu sempre NÃO QUERO fazer muitas coisas...
=P
Bel disse…
Eita que ou meus amiguinhos Tico e Teco não querem se unir e me ajudar, ou tem algo muito confuso nessa cabecinha aí...
Mas as coisas já melhoraram???
Xêro
Anônimo disse…
ai, ai, ai

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